Os vazamentos de dados que colocaram sua empresa na mira de golpistas
Você pode não ter percebido, mas abril de 2025 foi um mês crítico para a segurança digital. Mais de 200 milhões de registros de usuários e empresas foram vazados — incluindo dados de brasileiros. Esses vazamentos alimentam o mercado da dark web, onde criminosos compram, vendem e usam essas informações para aplicar golpes cada vez mais sofisticados.
Se você é empresário e pensa que “isso não tem nada a ver com a minha empresa”, é hora de repensar.
A seguir, a Vigília Pro explica os principais vazamentos que ocorreram, quais dados foram expostos e mostra como esses dados estão sendo usados em golpes que afetam empresas de todos os tamanhos no Brasil.
Os 3 vazamentos mais perigosos de abril de 2025
1. X (antigo Twitter) – vazamento em massa de 200 milhões de contas

Data revelada: 1º de abril.
O que aconteceu: Um hacker liberou gratuitamente um banco de dados com informações de mais de 200 milhões de usuários.
Dados vazados: Nome completo, nome de usuário, e-mail, localização, número de seguidores, foto de perfil, entre outros.
Impacto: Um dos maiores vazamentos já registrados na plataforma. Os dados permitem a criação de perfis falsos altamente convincentes.
Por que você, empresário, deveria se preocupar?
Esse vazamento pode parecer "mais um caso de rede social", mas ele representa uma das ameaças mais perigosas à sua empresa neste momento. Isso porque:
- Os dados dos seus diretores, gerentes e funcionários provavelmente estão nesse vazamento.
- Com essas informações, criminosos conseguem simular com precisão identidades corporativas.
- Eles podem, em minutos, enviar mensagens falsas que parecem vir de dentro da sua empresa - do seu financeiro, do seu CEO ou do seu fornecedor.
O risco oculto:
- E-mails falsos podem ser enviados para o setor financeiro com pedidos de transferência "urgente".
- Perfis falsos em redes sociais corporativas podem ser criados para enganar parceiros e clientes.
- Engenharia social baseada em informações reais se torna quase impossível de detectar.
O que isso significa para sua empresa?
Significa que o criminoso já tem os dados de entrada para acessar sistemas, enganar sua equipe e roubar seu dinheiro - sem invadir servidor nenhum.
Você pode perder uma transferência de R$ 10 mil, R$ 100 mil ou a confiança de um cliente. Tudo por causa de uma foto de perfil vazada com um nome verdadeiro e um e-mail parecido com o real.
2. Banco Central & QI SCD - vazamento de chaves Pix

Período: Entre 23 de fevereiro e 6 de março (revelado em abril).
O que aconteceu: Uma falha de segurança expôs 25.349 chaves Pix de clientes da fintech QI SCD, autorizada pelo Banco Central.
Dados vazados: Nome, CPF, instituição financeira, número e tipo da conta.
Impacto: Os dados expostos podem ser usados para falsificar boletos e enganar empresas em transações financeiras rotineiras.
Uma falha grave de segurança na fintech QI Sociedade de Crédito Direto, regulada pelo próprio Banco Central, resultou na exposição de milhares de registros financeiros sensíveis. Os dados vazaram silenciosamente durante duas semanas, antes que qualquer medida fosse tomada.
O que foi exposto:
- Nome completo
- CPF/CNPJ
- Nome da instituição financeira
- Número e tipo da conta bancária
Esses dados são suficientes para enganar até o funcionário mais experiente do setor financeiro da sua empresa.
Por que isso deve acender um alerta máximo na sua empresa:
Empresário, imagine isso: você faz pagamentos recorrentes a um fornecedor. De repente, recebe um e-mail legítimo, com o nome correto do fornecedor, CPF real e conta válida, pedindo uma atualização no boleto. Parece normal, mas não é!
Você está pagando um golpista. E só vai descobrir depois que o dinheiro sumiu - e o verdadeiro fornecedor começar a cobrar o valor em aberto.
O risco é maior do que parece:
- O golpe não vem com erros de português ou aparência amadora. Ele vem com dados verdadeiros, que fazem qualquer verificação bater.
- Sistemas de pagamento e ERP da sua empresa podem ser enganados, pois os dados vazados são compatíveis com os que você já utiliza.
- Toda a operação financeira da sua empresa está vulnerável.
E o pior: você não tem como saber que seus próprios dados - ou os dos seus fornecedores - já estão nas mãos de criminosos.
Este vazamento é um presente para fraudadores financeiros. Um tesouro de dados prontos para aplicar fraudes "limpas", sofisticadas e quase impossíveis de detectar.
A pergunta que você deve se fazer agora não é "será que minha empresa será algo?", mas sim: "será que ela já foi?".
3. Oracle Cloud - dados de milhões de usuários globais

Data revelada: Abril.
O que aconteceu: Suposta invasão comprometeu uma região da Oracle Cloud, afetando cerca de 6 milhões de usuários.
Dados vazados: Nomes, e-mails, telefones e hashes de senha.
Impacto no Brasil: Segundo relatório, mais de 4.300 domínios .br foram atingidos, impactando diretamente milhares de empresas nacionais.
Uma suposta invasão à Oracle Cloud comprometeu dados de milhões de usuários ao redor do mundo. E o Brasil foi duramente atingido.
Entre os dados vazados, estão:
- Nomes completos
- E-mails corporativos e pessoais
- Números de telefone
- Hashes de senhas (que podem ser decifrados com ferramentas automatizadas)
Por que isso deveria te deixar em alerta máximo:
Esses dados são exatamente o que um invasor precisa para entrar sem ser notado nos sistemas da sua empresa.
Com os e-mails e telefones de seus colaboradores em mãos, cibercriminosos podem:
- Clonar contas corporativas
- Resetar senhas de sistemas internos
- Acessar aplicativos empresariais por autenticação de dois fatores
- Assumir identidades e enviar ordens falsas dentro da sua própria estrutura
O perigo real: acesso silencioso e invisível
- Ao contrário de ataques explosivos como ransomware, esse tipo de vazamento permite invasões silenciosas.
- A senha de um colaborador é quebrada.
- O acesso ao sistema da empresa é feito em segundo plano.
- Os dados são extraídos, observações são feitas, informações estratégicas são copiadas.
- Quando o golpe é aplicado... já é tarde demais.
O que você precisa entender agora:
- Seus colaboradores são portas de entrada para a empresa.
- Se os dados deles foram expostas, seus sistemas internos estão fragilizados.
- E se você não monitora essas exposições em tempo real, você está cego frente ao inimigo.
O maior erro que sua empresa pode cometer agora?
Achar que está segura só porque "ninguém invadiu ainda". Na verdade, o invasor pode já estar dentro. Só esperando o momento certo para agir.
E agora? Veja como esses vazamentos estão sendo usados para aplicar golpes no Brasil
Os cibercriminosos não desperdiçam tempo. Assim que os dados são vazados, eles são organizados, combinados com outras informações e usados para criar golpes cada vez mais realistas e difíceis de identificar.
Aqui estão 3 exemplos reais de como esses dados podem ser usados contra sua empresa:
1. Golpe do falso diretor
Baseado no vazamento do X (Twitter)
Como funciona:
Golpistas usam informações como nome, cargo, e-mail e foto de executivos para criar contas falsas ou e-mails idênticos aos originais. Depois, enviam mensagens para colaboradores, especialmente do setor financeiro, pedindo pagamentos urgentes.
Exemplo realista:
"Oi, Ana. Preciso que você pague o fornecedor XYZ hoje mesmo. Segue a nova conta. Obrigado!"
Por que funciona?
Os dados batem. A urgência confunde. E o funcionário, querendo ajudar, faz a transferência sem questionar.
2. Golpe do boleto falso de fornecedor
Baseado no vazamento do Banco Central / QI SCD
Como funciona:
Criminosos se passam por fornecedores reais da empresa e enviam um novo boleto ou dados de pagamento, dizendo que houve troca de banco. Usam os dados legítimos expostos no vazamento para parecer confiáveis.
Exemplo realista:
"Prezados, por uma mudança interna, atualizamos nossa conta. Favor usar o novo boleto anexo para os próximos pagamentos."
Por que funciona?
O nome do fornecedor, CPF e banco conferem. O boleto parece legítimo. Mas o dinheiro vai direto para a conta do golpista.
3. Golpe da clonagem de WhatsApp de funcionário
Baseado no vazamento da Oracle Cloud
Como funciona:
Com telefones e e-mails vazados, golpistas ligam se passando pelo suporte do WhatsApp, pedem o código de verificação e clonam o número do funcionário. Em seguida, começam a mandar mensagens para colegas, clientes e fornecedores.
Exemplo realista:
"Oi, estou com um problema urgente no sistema. Preciso de uma transferência rápida. Pode me ajudar?"
Por que funciona?
O nome e a foto do colaborador estão lá. A conversa parece natural. E o golpe acontece dentro de minutos.
Como se proteger de vazamentos e golpes?
Infelizmente, você não pode impedir que grandes plataformas sofram ataques. Mas pode — e deve — proteger sua empresa monitorando se dados seus ou de seus colaboradores foram expostos.
Com a Vigília Pro, você tem:
- Monitoramento contínuo da dark web
- Alertas em tempo real quando dados da sua empresa forem encontrados
- Planos acessíveis (inclusive gratuitos) para empresas de todos os tamanhos
- Relatórios detalhados e orientações práticas de mitigação

Vazamentos como os de abril de 2025 não são apenas notícias distantes — eles alimentam golpes reais, silenciosos e eficazes.
E se você ainda não monitora seus dados na dark web, pode já estar sendo alvo sem saber.
Descubra agora se sua empresa está exposta! Solicite uma análise gratuita com a Vigília Pro e proteja sua operação antes que seja tarde.






